segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Variação linguística decorrente da relação entre o padrao de língua imposto

Os missionários portugueses para iniciar a evangelização escolheram o tétum, por ser o idioma mais falado pelas tribos locais. No entanto, a partir do contato com a língua do colonizador o tétum passa a ganhar influência da língua portuguesa.
Retomando o percurso histórico, depois de Portugal abandonar o território que administrava, a colônia ficou vulnerável e foi invadida pela Indonésia em 1975, que submeteu a população outra ao idioma indonésio. A língua portuguesa, nesse período de duas décadas, é silenciada por muito tempo e passa a ser falada até pelos mais idosos. A partir disso, o invasor indonésio proibiu em todas as escolas o ensino de português, substituindo pelo ensino indonésio. O silêncio imposto pelo invasor é exclusão, é uma forma de dominação. No caso da proibição da língua portuguesa, foi principalmente forma de dominação que o invasor encontrou para calar o povo timorense, o qual se viu passando por um processo de esquecimento da sua cultura, da sua história e da sua memória. Logo, após a saída dos indonésios, instala-se um conflito de opiniões quanto à escolha do idioma oficial, se por um lado a geração jovem desejava a língua indonésia ou inglesa, por outro lado a geração mais velha desejava a língua portuguesa. A mesma ganha destaque de resistência, de elemento de identidade. È importante refletir essas questões sobre um prisma diferente que pode ter nas suas raízes a história da colonização timorense.

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