segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Processo de colonização e consequências

De acordo com alguns antropólogos já habitava na ilha de Timor um pequeno grupo de caçados e agricultores por volta de 12 mil anos a.C. Existem documentos que comprovam a existência de um comércio esporádico, ou seja, casual entre Timor e a China a partir do século VII. Esse comércio se baseava principalmente na venda de escravos, cera de abelha e sândalo, madeira nobre utilizada na fabricação de móveis de luxo e na perfumaria, que cobria praticamente toda a ilha. O nome Timor provém do nome dado pelos Malaios à ilha onde está situado o país Timur, que significa leste.
A história de Timor é marcada por ocupações que se iniciam no século XVI com a chegada dos portugueses que lá permaneceram por mais de quatrocentos anos; vale ressaltar que, na Segunda Guerra Mundial o território é ocupado pelos japoneses por cerca de três anos. Após a saída dos portugueses em 1975, o povo timorense respira a liberdade e declara a independência, mas em 1975 o território é invadido pelas forças da Indonésia que permanecem por um quarto de século em Timor-Leste, depois do plebiscito, que culminou com a saída das forças indonésias, o país esteve por, três anos sob a gestão de Administração Transitória das Nações Unidas.
Dessa forma, a partir desse breve histórico de ocupação, podemos perceber a intervenção que Timor-Leste sofreu dos colonizadores. Chamamos a atenção sobre a colonização portuguesa que introduz a língua como o primeiro elemento da imposição do povo timorense. A língua portuguesa passa a fazer parte da cultura local e disputa espaço com as línguas nativas. A nova língua, então, estabelece relações de poder e domínio, em detrimento das línguas locais.
Inicia-se assim, no país, um processo histórico de constituição da língua portuguesa que implica não apenas a imposição dessa língua, mas a imposição de valores, de costumes, da cultura; podemos considerar o encontro entre pelo menos de dezesseis línguas vários dialetos, os quais compõem, o cenário lingüístico local, com suas próprias histórias, culturas e políticas diferentes daquelas impostas pelo colonizador.

Como acontece em todo processo de colonização, a língua do colonizado é aprendida para que se possa implantar a língua do colonizador.


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